RFFSA: Uma ferrovia que deixou saudades...

Hoje, dia 22 de janeiro de 2012, uma data triste para aqueles que curtem andar sobre os trilhos. Há exatos 5 anos, a Rede Ferroviária Federal S-A, ou RFFSA, dava seu último suspiro. Vítima do processo de liquidação iniciado no dia 17 de dezembro de 1998 e que repartiu o grupo entre várias concessionárias particulares até o dia 22 de janeiro de 2007, quando o governo decidiu extinguir a ferrovia de vez e entregar todos os seus bens aos grupos particulares. Porém, foi uma ferrovia que deixou história. As máquinas pintadas de vermelho e amarelo ainda são sinônimo de locomotiva em muitas partes do Brasil, e sua logomarca reconhecível em qualquer lugar ficou gravada na memória de muitos ferroviários que trabalharam em seus trens e seus trilhos.

Histórico de funcionamento:

A REDE FERROVIÁRIA FEDERAL SOCIEDADE ANÔNIMA – RFFSA – era uma sociedade de economia mista integrante da Administração Indireta do Governo Federal, vinculada funcionalmente ao Ministério dos Transportes.

A RFFSA foi criada mediante autorização da Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957, pela consolidação de 18 ferrovias regionais, com o objetivo principal de promover e gerir os interesses da União no setor de transportes ferroviários. Durante 40 anos prestou serviços de transporte ferroviário, atendendo diretamente a 19 unidades da Federação, em quatro das cinco grandes regiões do País, operando uma malha que, em 1996, compreendia cerca de 22 mil quilômetros de linhas (73% do total nacional).

Em 1992, a RFFSA foi incluída no Programa Nacional de Desestatização, ensejando estudos, promovidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, que recomendaram a transferência para o setor privado dos serviços de transporte ferroviário de carga. Essa transferência foi efetivada no período 1996/1998, de acordo com o modelo que estabeleceu a segmentação do sistema ferroviário em seis malhas regionais, sua concessão pela União por 30 anos, mediante licitação, e o arrendamento, por igual prazo, dos ativos operacionais da RFFSA aos novos concessionários, Em 1998, houve a incorporação da Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA à RFFSA, ao que se seguiu, em dezembro desse ano, a privatização daquela malha.

A RFFSA foi dissolvida de acordo com o estabelecido no Decreto nº 3.277, de 7 de dezembro de 1999, alterado pelo Decreto nº 4.109, de 30 de janeiro de 2002, pelo Decreto nº 4.839, de 12 de setembro de 2003, e pelo Decreto nº 5.103, de 11 de junho de 2004.

Sua liquidação foi iniciada em 17 de dezembro de 1999, por deliberação da Assembléia Geral dos Acionistas foi conduzida sob responsabilidade de uma Comissão de Liquidação,com o seu processo de liquidação supervisionado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através do Departamento de Extinção e Liquidação – DELIQ.

O processo de liquidação da RFFSA implicou na realização dos ativos não operacionais e no pagamento de passivos. Os ativos operacionais (infra-estrutura, locomotivas, vagões e outros bens vinculados à operação ferroviária) foram arrendados às concessionárias operadoras das ferrovias, Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN, Ferrovia Centro Atlântica – FCA, MRS Logística S.A, Ferrovia Bandeirantes – Ferroban, Ferrovia Novoeste S. A., América Latina e Logística – ALL, Ferrovia Teresa Cristina S. A., competindo a RFFSA a fiscalização dos ativos arrendados.

A RFFSA foi extinta, mediante a Medida Provisória nº 353, de 22 de janeiro de 2007, estabelecida pelo Decreto Nº 6.018 de 22/01/2007, sancionado pela Lei Nº 11.483.

O Decreto Nº 6.769 de 10 de fevereiro de 2009 dá nova redação aos artigos 5º, 6º e 7º do Decreto Nº 6.018 de 22 de janeiro de 2007.

R F F S A
1957 - 2007

Postagem retirada do Blog Minas's Trains / RFFSA: uma ferrovia que deixou saudades, com permissão de Le Maquinista Jones

Comentários

  1. Olá, parabéns pelo blog! Tenho 13 anos e também tenho um blog, thalesveigastrainworld.blogspot.com. Muito legal, nota 10!

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    1. Vlw! Mas, a postagem não é minha. É do blog do meu amigo, o Minas's Trains! minasstrains.blogspot.com

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    2. Thales, o que acha de sermos parceiros? Meu e-mail é brunoalmeida.bst@gmail.com! Entra em contato comigo!

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